"...sobre a família de Jacob Ritzmann tenho um livrinho escrito pelo Donaldo, se interessar, apitem. Qualquer coisa que faltar, mandem dizer.
Tenho uma foto do avô Girt, mas não se distingue nada. Uma foto da única irmã do meu pai, deve estar com a Edith .
O avô Girt veio de navio à vela (foto que eu tenho).
Adolfo Olsen era açougueiro em Joinvile, depois subiu a Serra e foi sempre fazendeiro.
Venha alguém para pesquisarmos juntas. Abraços, tia Geralda"

No referido "livrinho" que homenageia tia Targina Ritzmann (casada com Ernesto Ritzmann, neto de Hans Jacob Ritzmann e irmão da esposa do Adolfo Olsen) em seu nonagésimo aniversário, constam dados bem interessantes que o primo Donaldo descobriu em suas pesquisas para a história da família. Como interessa mais só aos descendentes do Adolfo Olsen, já que se refere à história da Família de sua esposa Maria Magdalena Ritzmann, vou transcrever aqui só as partes que interessam a todo o Grupo Olsen:

"...Durante os primeiros meses, os colonos recebiam uma ajuda de custo destinada à alimentação. Abrira Eduard Schroeder um armazém com mantimentos de primeira necessidade. O trabalho na abertura de picadas e caminhos era um subsídio que se acrescia a esses adiantamentos.
Outro fator importante surgiu com a diferença de nacionalidade. A dificuldade linguística separava os colonos em três grupos que iniciaram a derrubada e abertura de picadas em três direções diferentes:

Os suíssos na direção oeste, seguindo o traço da picada Jurapé (Schweizer-Pikade) ou rua do meio (Mittelweg- melhor "caminho do meio", hoje Rua XV de Novembro, a partir da Rua Dr. João Colin.
Os noruegueses na direção Norte (Nordstrasse) , hoje rua Dr. João Colin.
Os alemães na direção Sul-Oeste, acompanhando no início o percurso do Ribeirão Mathias (Deutsche Pikade ou Mathias Strasse ) hoje Rua Visconde de Taunay.
Esse estado de coisas levou os colonos a uma espécie de regime coletivista. Todos por um e um por todos, trabalhavam o chão que ainda não era seu.
Até a chegada do segundo navio transporte, a barca "Emma & Louise" (no qual veio da Suiça Hans Jacob Ritzmann, sua esposa e filhos) , a 12 de Julho de 1851, demarcaram-se no total, 27 lotes coloniais, e outros 25 lotes até o fim do primeiro ano.
Recebeu Hans Jacob Ritzmann (avô da esposa do Adolfo Olsen) um dos primeiros lotes, conforme escritura nº 3 (Museu Nacional de Imigração de Joinvile)."
(FICKER, Carlos - Crônica da Colônia Dona Francisca, pag. 85)