Historico

Artigo no jornal "TRONDERBLADET.

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Texto menor ao lado da foto: Chefe da Cultura Kirsti Marie Reitan com o brasileiro Iapurê Olsen, que esteve em Storen em busca de suas raízes.
Texto maior ao lado da foto: No início desta semana o brasileiro Iapurê Olsen visitou Storen em busca de suas raízes. A única coisa que ele sabia era que seu ascendente - Gjert Olsen - veio da Noruega em 1851 com 31 anos e que era de Storen. Interessado em família e genealogia, o brasileiro tinha uma boa idéia sobre os mais de 1320 descendentes do seu tataravô no Brasil até hoje. Mas quando se tratava da antecedência e da família do seu ascendente na Noruega, ele estava perdido.

Brasileiro em busca de suas raízes em Storen

Por Arne Melland

Iapurê Olsen deixou Storen cheio de impressões de onde seu ascendente morava e não menos do tataravô que na verdade era gudbrandsdalense, mas que se estabeleceu em Storen por volta de 1840 - primeiro na região de Soknes e mais tarde no Skalvollbakken ou Jordmorbakken. Um nome que a propriedade recebeu por causa do fato de que a esposa do Gjert Olsen - Maren Hansdatter Tromsnes, de Ringebu - foi a primeira parteira em Storen. Hoje Jordmorbakken é propriedade de Ingeborg e Leif Grytdal , que moram lá.
Ao que se sabe não existem descendentes de Gjert e Maren em Storen ou no Gauldalen, apesar de que tinham 5 filhos juntos. Um dos filhos morreu com apenas 5 anos de idade, enquanto os outros se mudaram para outras regiões da Noruega quando cresceram. A não ser Henrik Magnus Gjertsen, que era assistente comercial em Storen durante muitos anos até que ele - em 1881 - emigrou para a América com 44 anos.

Gjert Olsen partiu de Storen em 1850 e deixou mulher e cinco filhos para tentar a sorte na América. Com um bom "atestado de conduta" no bolso - entre outros o do pastor Bodtker, de que ele seria um homem ativo, esperto, sóbrio e trabalhador - o maquinista Olsen embarcou no grande navio de vela "Sofie" no porto de Trondheim dia 4 de Novembro junto com quase 120 emigrantes. O alvo era a Califórnia que tinha som de ouro, porém até lá o navio nunca chegou, porque foi uma viagem extremamente difícil com tempestades terríveis. Depois de três meses em alto mar chegaram perto do Rio de Janeiro.
O navio foi proibido de atracar no Rio, porque estava em condições miseráveis, e foi condenado pelas autoridades. Existe um relato alegre e detalhado dessa viagem perigosa graças às cartas conservadas do "singsasense" que estava junto - Jens Mahlum. ( Clique em Relato 1 para ver)
Rio não era um lugar onde era possível ficar, para Gjert e seus companheiros. Porque a febre amarela fazia estragos, e foi observado que muita gente caía morta nas ruas. Depois de alguns dias, alguns conseguiram lugar num navio que ia até a Califórnia, mas a maioria foi para a colônia Donna St. Fransisca, uma terra fértil ao sul do Rio.

Encontrou uma mulher suíça

Uns tempos depois, Gjert encontrou uma mulher suíça - Anna Fischer - com quem se casou e eles tiveram seis filhos. Isso foi o início da família no Brasil - uma família que por enquanto conta com 1320 nomes em seus registros.
Iapurê Olsen conta que muitos dos seus parentes no Brasil estão se dando muito bem, tanto no comércio como em outras áreas. Ele mesmo é diretor de uma firma em Curitiba que exporta madeira. O motivo porque Iapurê veio visitar Storen é que ele, através de negócios, conheceu o filho do vice - prefeito de Langa, que é a cidade irmã dinamarquesa de Midtre Gauldal. Assim foi estabelecido contato entre a Chefe da Cultura Kirsti Marie Reitan e o brasileiro, quando ficou conhecido que Iapurê estava em busca de suas raízes norueguesas.
A Chefe da Cultura dedicou um dia inteiro para mostrar Storen ao Iapurê (de 36 anos) com visitas à fazenda Skarvold e principalmente Jordmorbakken na casa de Ingebjorg e Leif Grytdal. A construção no Jordmorbakken é quase a mesma de quando Gjert Olsen e sua primeira esposa moraram lá. O brasileiro deixou a video-câmera filmar sem parar para garantir-se de que teria muito para mostrar quando voltar para Curitiba e encontrar familiares e parentes.

Talvez um livro genealógico

O ramo brasileiro da família Olsen foi sistematicamente reunido e organizado num caderno - em português. Iapurê tem a intenção de aprimorar o caderno, talvez para com o tempo virar um livro genealógico completo. De Storen, Iapurê viajou para Trondheim onde entrou no Arquivo Estatal, e continuou até Gudbrandsdalen na esperança de descobrir e de preferência encontrar descendentes noruegueses de Gjert Olsen e Maren Hansdatter Tromsnes.
Se houver entre os leitores do Tronderbladet pessoas que possam ajudar com informações, nada seria melhor. A Chefe da Cultura Kirsti Marie Reitan se dispôs a organizar a mediação. Aliás, em gratidão pela boa vontade, ela e o marido foram convidados para ir ao Brasil - quando for conveniente - para visitar a família Olsen.
Gjert Olsen se estabeleceu como artesão e fazendeiro. E não se tratava de uma propriedade pequena - 50 quilômetros de comprimento e 30 quilômetros de largura. A fazenda hoje em dia não é tão grande, porque através de gerações foi dividida em lotes para diversos filhos. A fazenda principal pertence hoje ao pai de Iapurê.
A chefe de cultura também levou o Iapurê para o Cemitério de Storen para que ele pudesse ver o túmulo da primeira esposa do Gjert Olsen, que faleceu em 1905 - com 87 anos de idade.





  • Genealogia de Olé Jensen Delet (pai de Gjert Olsen)

    31/01/2005

  • Genealogia de Olé Jensen Delet (pai de Gjert Olsen) de autoria de


  • Navio Sophie

    23/05/2004

  • Sobre o Navio que Gjert veio para o Brasil (Ingles)


  • Historia da Viagem de Gjert

    29/03/2004

  • Relato da organizacao da viagem e motivos (Ingles)


  • Um emigrante norueguês em 1850. J.G.Ryther

    12/05/2002

  • Aqui você vai encontrar a narração da história de um dos companheiros de Gjert Olsen na viagem do navio SOPHIE e em sua estadia na Colônia D. Francisca, hoje Joinville, para onde nosso patriarca acabou vindo e ficando, ...por força do destino!


  • Relato de Tia Geralda, em uma carta, s/ a família :

  • Neste relato, Geralda Olsen Murara , neta do Gjert Olsen, e filha de Adolfo Olsen dá informações sobre documentos da história da família Olsen, a pedido de uma sobrinha.


  • (Anotações do tio Chico):

  • Aqui podem ser lidas as anotações feitas por Francisco Bernardo Olsen, neto do Gjert Olsen, e filho mais moço de Adolfo Olsen, sobre suas lembranças da história da família.


  • Artigo no jornal "TRONDERBLADET.

  • Nesta reportagem de capa do jornal "TRONDERBLADET" publicada em 16 de agosto de 1997 em Lordag, Noruega, pode-se ter conhecimento de como ocorreu a visita de Yapurê Olsen (tataraneto de Gjert Olsen) à cidade de Storen, em busca de suas origens.


  • Do livro "Personalidades e a vida em Storen.

  • Alguns trechos do livro "Personalidades e a vida em Storen - Fazendas e região", onde aparecem interessantes informações sobre Gjert Olsen e sua primeira esposa , Maren.