Família OLSEN, conforme lembrado por FRANCISCO BERNARDO OLSEN

"GYERTH OLSEN ( + - 1813) veio da Noruega em 1851 , em veleiro de propriedade dos próprios emigrantes, em número de mais ou menos 70 pessoas, todos homens. Pretendiam ir aos Estados Unidos. Tiveram problemas em viagem, pereceram cerca de metade, chegando ao Rio de Janeiro. Lá venderam o navio avariado e se espalharam. Gyerth Olsen foi parar na fábrica de carruagens de D.Pedro II , donde mais tarde foi encaminhado para Joinville. Era natural de TRONTHEIN (Trondjem ) . Profissão Carpinteiro, quase engenheiro - prático, pois construía pontes e pequenas indústrias. Fez a primeira fábrica de goma e polvilho para os Baumer, em Joinville. Tinha os seguintes filhos, em ordem de idade : Olav, Bernard, Jonar Georg Adolf, Magnus e Eduard. Além de uma filha, Anna, que faleceu moça de cerca de 18 anos em Buenos Ayres. (tenho uma foto ampliada dela).
ANA FISHER OLSEN (+- 1815 ) esposa de Gyerth Olsen, suíssa
OLAV - Separou-se da primeira mulher e sumiu para o Rio Grande, mais precisamente Sta Maria da Boca do Monte . Soube muito mais tarde que lá casou novamente e teve prole numerosa.
BERNHARD - casou com Maria Ritzmann e teve os seguintes filhos : Emílio, Luiza, Luiz, Rodolfo, Waldemiro , Wiegando e Elfriede.
ADOLFO - casou com Magdalena Ritzmann , viuva de Robert Mueller ( em Santos) , tendo os seguintes filhos : Gustavo, Helena, Bernardo Afonso, Leopoldo Henrique, Elvira, Ernesto (este faleceu solteiro, com 26 anos ) , João Ehrenfredo (Friedel), Eugenio Harald (Harry) , Erica, Geralda e Francisco Bernardo (Chico). Tiveram 40 netos.
MAGNUS (Amandio ) Casou com Maria Baumer, de Joinville, tendo os seguintes filhos : Max, Amanda, Amélia, Eugenio, Alfredo Adolfo e Elly. Amélia , Eugenio e Alfredo ainda vivos, Amélia esposa de Evaldo Ritzmann, em Rio Negrinho.
EDUARD - Morava em Gaspar, transferiu - se para Três Barras. Teve vários filhos , dos quais só conheci : Arthur, Oswaldo, Paulo, Florinda e a filha mais moça. Oswaldo com uma fábrica de tratores em Caçador. Este teve um filho, Marcos, desastrado com avião próprio sobre Florianópolis. Era casado com a filha de Carlos Unterstell, de Porto União. "

Outras informações passadas peloTio Chico:
FRANCISCO BERNARDO OLSEN
Nasc. 24-05-1909 em Rio Negrinho (Município)
Casamento : com Frida Gertrudes Zuege, nascida em 03 -11-1915 em Joinville (filha de Alberto Zuege e Martha Schneeweiss. Filhos : Aryo Girt, W.Araquem e Francisco Amaury, todos casados. Netos : tenho atualmente 7.
"Lembro que os velhos imigrantes vieram em 1851, na época da fundação, para Joinville.
Girt Olsen- carpinteiro - veio com 38 anos de idade, solteiro, casando em Joinvile com a suíça Ana Fischer. Tiveram os filhos : Olav, Bernardo, Adolfo (Georg Jonar ), Magnus , Eduardo e Anna , que morreu solteira em Buenos Ayres.
Nossa mãe - Magdalena, foi casada em primeiras núpcias com Robert Mueller, em Santos, onde tinham um CAFÉ, em casa própria. Tinha dois filhos com o primeiro marido (Arthur e Alfred ) que morreram, o segundo com 1 ano e 8 meses em Santos e Arthur em Curitiba, com vinte e poucos anos, em consequência de acidente, tendo caído da carroça entre os cavalos, cuja carroça fraturou-lhe a espinha, abaixo da nuca. Quatro semanas de cama, imóvel, primeiro em Rio Negro depois em Curitiba, onde faleceu em 1910. Por ocasião do falecimento dele ocorreu o único fenômeno de parapsicologia (ou como se chama) de que tenho conhecimento seguro, que foi o seguinte :
No dia do falecimento, às 10 hs da noite , mamãe acordou , na fazenda velha, tendo escutado claramente ARTHUR chamá-la por 3 vezes. Levantou impressionada; verificou que eram 10 hs. Alguns dias depois, o pai chegou, já tendo sepultado Arthur,e disse que realmente ao morrer chamara a mãe por três vezes, às 10 hs da noite.
O vô Girt construía pontes etc tendo desenvolvido e construído a primeira fábrica de maizena de Joinvile. Torneou também, à mão, uma enorme coluna, de madeira de lei, existente ainda hoje na Igreja Protestante de Joinvile.
Bernardo Olsen foi um dos sócios da empresa de bondes a burro, de Joinvile.
Olav foi embora para Santa Maria, no Rio Grande, havendo por lá vasta descendência dele.
Magnus fazia com carro de mola (Kutsche) a linha Joinvile - Rio Negro, com passageiros e o correio."
(obs.: Alguém escreveu à tinta "ou Maria" referindo-se ao nome da única filha de Girt, que morreu em Buenos Ayres, ainda moça. Parece ser a letra de tia Geralda)